Fontes do governo revelaran nesta terça-feira (14) que se considera abrandar a reentrada dos estrangeiros com visto de residência, a partir de agosto, desde que tenham deixado o país antes de 2 de abril deste ano.
Esse relaxamento se aplica inicialmente a expatriados – funcionários dos consulados, embaixadas e empresas privadas – e estudantes internacionais que não conseguem retornar ao Japão por causa das medidas preventivas ao novo coronavírus. Ainda está em análise as condições específicas do sistema de inspeção e do número de pessoas.
Residentes permanentes
Até nesta segunda-feira (13), o Japão ainda continuava recusando basicamente a entrada de estrangeiros de 129 países e regiões como Estados Unidos, China, Coreia do Sul e países da União Europeia-UE. Mesmo os estrangeiros que moram no Japão sua entrada é permitida apenas para residentes permanentes e cônjuges japoneses que deixaram o Japão antes de 2 de abril.
O Japão começou a impor restrições de imigração em larga escala em 3 de abril e expandiu gradualmente esse escopo. Considera-se que os estrangeiros que deixaram o Japão antes desse período sem saber que não poderiam retornar, se tiverem o status de residente, terão prioridade no retorno ao país.
Impacto na economia
Além dos residentes permanentes e cônjuges de japoneses têm expatriados de empresas estrangeiras, estudantes e estagiários técnicos que querem retornar. Considerando o impacto na atividade econômica o governo pretende abrandar a reentrada, especialmente dos recursos humanos com grandes habilidades e estagiários técnicos na agricultura que precisam ou querem voltar mas estão impedidos. Os respectivos ministérios relacionados irão analisar as prioridades.
O abrandamento deverá ser iniciado com os países e regiões cujos números de pessoas infectadas pelo novo coronavírus estejam atenuados. Os países e regiões parceiros que negociam a retomada do tráfego para fins comerciais tornam-se candidatos promissores.
90 mil estrangeiros com reentrada após 3 de abril
Além do Vietnã, Tailândia, Austrália e Nova Zelândia, que já iniciaram negociações de reciprocidade para fins comerciais, são candidatos China, Coreia do Sul, Taiwan, Brunei e outros países que estão prestes a entrar em negociações.
São cerca de 90 mil estrangeiros que saíram do Japão com permissão de reentrada após 3 de abril. O governo considera difícil permitir a reentrada de todos em curto período por causa do sistema de inspeção.
Até 1.º de agosto, o governo dobrará a capacidade de inspeção dos aeroportos domésticos para atender 4 mil passageiros. Em setembro serão instalados os Centros de PCR em três aeroportos – Narita, Haneda e KIX, porém, considera-se incluir o Centrair por causa das empresas relacionadas a Toyota, cujos executivos expatriados precisam retornar. A capacidade de inspeção deve aumentar para 10 mil pessoas por dia.
Famílias dos estrangeiros afetadas
Mas o Japão precisa se preparar para inspeção não só desses estrangeiros mas também de japoneses que retornam do exterior e dos passageiros que vêm a negócios.
O país está trabalhando para aliviar as restrições de reentrada, porque afeta o trabalho e as famílias desses estrangeiros, cujas vidas são baseadas no Japão. O governo tomará decisões com base nesses movimentos.