As obreiras Silvana Malaquias de Souza Ferreira e Edilaine Ponciano Reis, da Igreja Pentecostal Templo de Adoração a Deus foram homenageadas pelo vereador Marcos Tabosa na noite desta quarta-feira, 13, durante Sessão Solene de Outorga da Medalha Legislativa “Pastor Gomes”, em comemoração ao Dia Municipal do Obreiro Evangélico. O evento aconteceu no Plenário Oliva Enciso, na sede da Casa de Leis Câmara Municipal de Campo Grande.
A solenidade realizada pela Câmara Municipal tem como objetivo reconhecer e homenagear personalidades e instituições que contribuem significativamente para a promoção da fé e das boas práticas no meio evangélico, sendo uma das datas comemorativas mais aguardadas pela comunidade religiosa da cidade.
Um obreiro evangélico exerce uma função essencial na igreja e na comunidade, sendo um braço importante para o pastor e para a liderança espiritual. Seu trabalho envolve tantas atividades internas da igreja quanto ações que alcançam a comunidade, sempre com o objetivo de servir, ajudar e levar a mensagem cristã de forma prática. Em muitos ministérios evangélicos, o obreiro é a “mão reforçada” da liderança espiritual e o elo de ligação entre a congregação e os ensinamentos cristãos. Sua importância está no apoio que fornece às lideranças, no cuidado com a religião e na organização das atividades que visam fortalecer a fé e a comunhão entre os membros da igreja.
A Medalha “Pastor Gomes” é uma homenagem póstuma ao líder religioso que, ao longo de sua vida, dedicou-se à obra evangelística e à construção de uma sociedade mais justa e solidária. A data, instituída por meio das Resoluções nº 1.377/23 e 1.397/24, foi celebrada com a participação de autoridades políticas, religiosas e civis. O Pastor Gomes, embora desconhecido fora das fileiras evangélicas, é uma figura simbólica que ganhou destaque em uma das principais celebrações da Câmara Municipal. No evento, autoridades políticas, religiosas e civis se reúnem para legitimar um ideal de “boas práticas” e promoção da fé que, para muitos, traduz uma narrativa pública sobre moral e cidadania.
“Nas fileiras silenciosas de cada culto, lá está o obreiro, como servo discreto, com mãos prontas para servir e coração aberto para ouvir. Ele não veste coroas nem busca aplausos; seu trono é o banco humilde, seu cetro é o abraço, seu reino é o coração da comunidade, e seu altar é o chão firme de sua igreja”, afirma Tabosa, lembrando que como os ventos que movem as folhas sem serem vistos, o obreiro caminha pelos corredores, invisível mas essencial, arrumando cadeiras, preparando o ambiente sagrado para as vidas que serão tocadas. Ele é a porta aberta para o cansado, o sorriso gentil para o perdido, a mão prolongada para o que chega em silêncio e busca o consolo.
Profundo conhecedor do trabalhado do obreiro, Tabosa garante que na oração, ele faz guarda de cada pedido. Clama por aqueles que choram, intercede por quem carrega fardos e se coloca na brecha, invocando o céu para que desça como chuva sobre a terra sedenta. “Nas madrugadas frias, ele acorda para orar, sozinho, mas acompanhado da presença divina, uma centelha de fé que ilumina a escuridão”, finaliza o vereador.