Um homem de 28 anos invadiu o culto da Igreja Jesus Cristo dos Últimos Dias (mórmon) na manhã deste domingo (2). Armado com duas facas grandes, ele “ele meteu o pé na porta, entrou e falou: ‘Vai morrer todo mundo’”, relatam as testemunhas.
Passou então a atacar as pessoas presentes, deixando quatro feridos. A situação causou pânico em quem estava dentro da igreja. Os feridos foram encaminhados para o hospital local, sendo que dois levaram várias facadas. Um deles, de 33 anos, está em estado grave.
Segundo os policiais que prenderam o suspeito e o levaram para o 1º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, o homem justificou que decidiu atacar os fiéis após assistir a um vídeo na internet.
“Ele viu um vídeo que Deus amaldiçoava negros e carecas. Como ele é um pouco careca, resolveu entrar na igreja com duas facas e esfaquear todo mundo”, conta o sargento Willian Moraes. Na delegacia, o agressor foi identificado como Uilker Teixeira Alves.
A PM diz não saber se a motivação do crime seria o “racismo” da igreja ou se foi apenas “uma desculpa” usada por Uilker, que tem passagens pela polícia e atualmente cumpre pena em regime aberto por lesão corporal.
De acordo com o site Vozes Mórmons, embora o fundador da seita mórmon, Joseph Smith ter autorizado a ordenação de negros, a prática de discriminar os afrodescendentes iniciou-se com seu sucessor, Brigham Young. Ele tronou-se governador de Utah e que instituiu a legalização da escravidão negra do estado americano no século 19. Na época, eles ensinavam que os negros eram uma raça inferior e que a sua cor da pele era uma “maldição”. Somente em 1978 a igreja reviu essa posição e passou a aceitar lideranças afrodescendentes.