Com apenas 11 moradores, Casa do Estudante Jamic volta a cogitar fechamento

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Com apenas 11 moradores, Casa do Estudante Jamic volta a cogitar fechamento

A Casa do Estudante “Jamic” ameaça novamente fechar as portas. Com quase 40 anos de história, caiu consideravelmente o número de internos em um dos pensionatos mais antigo da Capital.

Hoje, são apenas 11 estudantes no local o que inviabiliza manter o prédio. “Não esta compensando para Associação administrando no negativo”, conta Roberto Akira Kojima, presidente da Jamic.

É a segunda vez que o lugar fala em fechar as portas. A primeira foi em 2015, também por falta de estudantes e verba para se manter em pé. Só que hoje com a pandemia as coisas está bem mais difíceis. Segundo a administração, além do numero muito pequeno de moradores, alguns não têm mais como pagar o aluguel.

A decisão oficial sairá na sexta-feira, após a reunião com todos os associados da cooperativa.

O terreno foi doado pela prefeitura em 1981, primeiro para atender aos filhos dos produtores da Jamic (Colônia Agrícola de Imigração Japonesa), na região de Terenos. Em 82, a Associação já tinha erguido a casa com 24 quartos, separado em duas alas, a feminina e a masculina. O lugar tem sala, refeitório e lavanderia.

Segundo informações apuradas, os estudante pagam R$ 500 de aluguel. O prédio, com estrutura muito velha, tem como uma das poucas vantagens a localização central, fica na avenida Ernesto Geisel. “Se tiver que usar geladeira e internet, tem de pagar separado”, conta uma das pessoas que vive no lugar, mas pediu para não ter o nome divulgado.

O local tem 24 quartos, com capacidade para até 4 pessoas. É separado em duas alas, a feminina e a masculina. O lugar tem sala, refeitório e lavanderia. Como a área foi doada apenas para este fim, se não for pensionado, a casa terá de fechar as portas e voltar para as mãos da prefeitura, que poderá fazer qualquer coisa com o prédio, inclusive, demolir.

A história começou quando a Colônia Jamic, formada por japoneses que deixaram o Japão após a 2ª Guerra Mundial, foi fundada em Terenos, município a 25 quilômetros de Campo Grande. Para que as crianças das famílias da Associação pudessem estudar, surgiu a casa do estudante. Assim, com preço bem acessível, era possível frequentar uma boa escola na Capital.

Há 5 anos, quando a primeira crise quase fechou o lugar, o pensionado tinha 18 estudantes, apenas 3 deles orientais.

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