Este filme japonês na Netflix desafia as normas e aumenta a temperatura com sua trama que mistura paixão e intriga
A Netflix tem se encarregado de ter um amplo catálogo que abrange todos os tipos de produções, de todas as partes do mundo. Nos últimos anos, o público tem mostrado um interesse especial no cinema internacional, sendo os filmes asiáticos os mais solicitados na plataforma. Especialmente quando se trata de produções ‘picantes’, o interesse parece estar aumentando e com razão, pois longe de ser algo “de mau gosto”, é uma janela para um mundo cinematográfico completamente diferente.
O cinema erótico internacional também desempenha um papel em quebrar tabus e abrir diálogos sobre temas que muitas vezes são considerados proibidos ou desconfortáveis. Ao abordar questões de desejo, identidade e poder a partir de diferentes perspectivas culturais, esses filmes podem estimular conversas importantes e promover uma maior compreensão e aceitação da diversidade sexual.
Este é um dos filmes japoneses que você pode encontrar na plataforma
Se está à procura de algo novo para assistir, não pode perder ‘Tudo por Ela’, um filme japonês que surgiu como um audaz contraponto, ousando quebrar as regras e redefinir os limites. Desde a sua estreia, tornou-se uma das produções mais comentadas na Netflix, capturando a atenção tanto de críticos como de espectadores pelo seu enfoque sem censura de temas controversos e sua ousada representação da intimidade e da violência.
O filme é dirigido por Ryūichi Hiroki e é uma adaptação do mangá ‘Gunjo’ de Ching Nakamura. A história segue Rei, uma mulher que embarca em uma jornada sombria e emocionalmente intensa depois de ajudar sua amiga Nanae a escapar de uma situação de abuso. O vínculo entre as duas mulheres se aprofunda e se torna um relacionamento complexo que mistura paixão, amor e violência. Esta jornada emocional e física as leva a questionar sua moralidade e seu lugar no mundo, desafiando as normas sociais e sexuais no processo.
Uma das razões pelas quais ‘Tudo por Ela’ tem causado tanto alvoroço é a sua representação explícita da sexualidade. Ao contrário de muitas produções que sugerem ou insinuam esses temas, o filme aborda-os de frente, com cenas que não têm medo de retratar a realidade e que deixaram muitos espectadores chocados. Essa abordagem sem filtros não só adiciona uma camada de autenticidade à história, mas também convida à reflexão sobre a natureza do desejo, do poder e da vulnerabilidade.
A representação de um relacionamento entre duas mulheres também tem sido um ponto significativo de discussão. O filme oferece uma visão matizada e profunda de um relacionamento que desafia os estereótipos e as expectativas. A química entre as protagonistas, interpretadas por Kiko Mizuhara e Honami Sato, é palpável e traz uma autenticidade emocional que ressoa com o público.
Além disso, a cinematografia do filme é outro dos seus pontos fortes. Hiroki utiliza uma paleta de cores intensas e uma direção de arte com alta atenção aos detalhes para criar um ambiente que reflete o estado emocional turbulento dos personagens. As cenas são cuidadosamente compostas, utilizando a luz e a sombra para acentuar a tensão e a intimidade da narrativa.
O roteiro, coescrito por Nami Sakkawa, não foge de temas difíceis, pois em vez de suavizar a dureza da história, abraça sua natureza desafiadora, oferecendo um relato que é perturbador e comovente ao mesmo tempo.