Gays japoneses temem saída do armário forçada por conta da pandemia

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Gays japoneses temem saída do armário forçada por conta da pandemia

Gays japoneses temem contrair o vírus Covid-19 e terem sua orientação sexual revelada contra sua vontade, visto que as autoridades investigam rotas de infecção, segundo um grupo de apoiadores.

Segundo o Japan Times, uma pesquisa da Marriage for All Japan mostrou os japoneses se preocupam com informações emitidas a seus parentes sobre seus parceiros que possam estar infectados com covid-19.

Cerca de 180 lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, entre outras, responderam à pesquisa na última sexta-feira e o resultado é o simples medo de ter infectado seu parceiro através do contato.

Um homem gay de 34 anos que vive com seu parceiro na província de Fukuoka optou por não sair do armário, mas teme que seja revelado se for infectado, pois teria que informar sobre seu parceiro quando perguntado sobre pessoas com quem teve contato.

Mesmo aqueles gays japoneses que são abertos sobre sua orientação sexual estão preocupados em serem excluídos de importantes processos de tomada de decisão sobre o tratamento se o parceiro for hospitalizado com o COVID-19.

Kohei Inagaki, 28, e seu parceiro conseguiram oficializar união legalmente na cidade de Saitama, porém ele relata: “Talvez eu não seja notificado sobre a condição de saúde do meu parceiro e não consiga me envolver na decisão sobre o tratamento”.

Direitos LGBT

A mesma pesquisa revelou que também há um equívoco entre alguns casais LGBT de que eles não são elegíveis para compensação do governo para pais que se afastam do trabalho para cuidar de crianças devido ao fechamento das escolas.

“Há muitas pessoas (LGBT) que desistiram de se candidatar sem saber se isso também se aplica a elas”, disse outro entrevistado. “Quero que afirmem que os casais do mesmo sexo também sejam cobertos pelo programa”.

Gon Matsunaka, que dirige uma ONG que apoia pessoas LGBT, alertou que as minorias que geralmente são deixadas de fora em circunstâncias normais tendem a sofrer ainda mais durante crises e instou o governo a ajudá-las.

“Entendemos que a principal prioridade do governo é proteger a vida das pessoas, mas queremos que olhem o LGBT como pessoas que têm sérios problemas em relação à privacidade e tomem medidas para que não caiam na rede de segurança, Disse Matsunaka.

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