Há 75 anos, entre 6 e 9 de agosto de 1945 duas bombas atómicas foram lançadas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasáqui, durante a Segunda Guerra. Os bombardeamentos foram o culminar de seis anos de planos e estudos científicos feitos em segredo pelos Aliados. A cronologia dos acontecimentos.
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O aviso de Einstein
Tudo começou com uma dica do cientista Albert Einstein ao presidente norte-americano na altura, Franklin D. Roosevelt. Einstein terá falado a Roosevelt sobre descoberta recente de um outro cientista alemão Otto Hahn da fusão nuclear, algo que poderia levar ao fabrico de “bombas de um novo tipo de potência muito elevada”. Roosevelt criou de imediato o Comité Consultivo do Urânio.
Há 75 anos, entre 6 e 9 de agosto de 1945 duas bombas atómicas foram lançadas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasáqui, durante a Segunda Guerra. Os bombardeamentos foram o culminar de seis anos de planos e estudos científicos feitos em segredo pelos Aliados. A cronologia dos acontecimentos.
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O aviso de Einstein
Tudo começou com uma dica do cientista Albert Einstein ao presidente norte-americano na altura, Franklin D. Roosevelt. Einstein terá falado a Roosevelt sobre descoberta recente de um outro cientista alemão Otto Hahn da fusão nuclear, algo que poderia levar ao fabrico de “bombas de um novo tipo de potência muito elevada”. Roosevelt criou de imediato o Comité Consultivo do Urânio.
A 7 de dezembro de 1941, a força aérea japonesa destruiu parte da frota americana em Pearl Harbor, sem declarar guerra. O episódio precipitou a entrada dos EUA na Segunda Guerra Mundial.
Em agosto de 1942, os Estados Unidos lançaram secretamente o projeto “Manhattan” para desenvolver uma bomba atómica, aprovado já em 1941, antes de os americanos entrarem oficialmente na Guerra. Foram gastos dois mil milhões de dólares. No início de 1943, Robert Oppenheimer tornou-se diretor do laboratório secreto em Los Alamos (Novo México) que reuniria os melhores físicos americanos e britânicos, bem como cientistas de vários países europeus que tinham espacado ao nazismo.
Na primavera de 1944, os americanos elaboraram uma lista de cerca de dez cidades japonesas, potenciais alvos do primeiro atentado atómico, com Hiroshima – a sétima maior cidade do Japão – no topo da lista. Quioto terá sido descartado devido à sua importância histórica e cultural.
Em março de 1945, a força aérea americana bombardeou massivamente Tóquio e outras grandes cidades japonesas com bombas convencionais, matando cerca de 100.ooo pessoas só na capital imperial.
A 1 de abril começava a Batalha de Okinawa, que resultaria em mais de 200.000 mortos civis e militares do lado japonês em três meses, e quase 20.000 soldados americanos mortos. Okinawa serviria de argumento às autoridades americanas para justificar a utilização da bomba atómica contra os japoneses. A 12 de abril morre Roosevelt e sucede-lhe Harry Truman, que é imediatamente informado do Projeto Manhattan.
A 8 de maio de 1945, a rendição alemã marca o fim da Segunda Guerra na Europa, mas os combates continuavam na Ásia e no Pacífico.
Entre maio e julho, elementos de duas bombas atómicas foram enviados para a base americana nas Ilhas Mariana (no Pacífico Norte), de onde o bombardeiro B-29 descolaria em direção ao Japão. A 16 de julho, às 05H30, os americanos testam a sua primeira bomba atómica durante o teste “Trinity” em Alamogordo (deserto do Novo México), assinalando o início da era nuclear. A 25 de julho, Harry Truman aprovou o bombardeamento atómico do Japão.
A 26 de julho, no final da Conferência de Potsdam, os Aliados apelaram ao Japão para que se rendesse incondicionalmente, sob pena de o país sofrer uma “destruição rápida e total”. O Japão decidiu “ignorar” o ultimato.
A 6 de agosto, às 08:15 da manhã, a Força Aérea dos EUA lançou uma primeira bomba atómica de 4,5 toneladas em Hiroshima. Até ao final de 1945 terá morto 140.000 pessoas. Truman ameaçou na altura os líderes japoneses. Caso não aceitassem as condições da Declaração de Potsdam, “podiam esperar uma chuva de destruição no ar como nunca antes se viu na terra”.
A 8 de agosto, a União Soviética declarava guerra ao Japão, e no dia a seguir, 9 de agosto às 11:02, uma segunda bomba atómica explodia sobre Nagasáqui, matando 74.000 pessoas nesse dia e até ao final de 1945. A rendição japonesa só aconteceu a 15 de agosto, e pouco depois o território passaria a estar sob a tutela americana. Os EUA concordaram em manter o Imperador Hirohito no trono.
A 29 de agosto de 1949, quatro anos após Hiroshima, a URSS explodiu a primeira bomba nuclear no Cazaquistão, tornando-se o segundo país a possuir armas atómicas. O Cazaquistão tornou-se ‘zona de testes’ para os russos durante a Guerra Fria. Segundo o site History Today, o teste de 1949 foi o primeiro de 456 nos 40 anos seguintes.