Os grãos fazem parte da dieta de milhões de pessoas no mundo todo. Em maior ou menor quantidade, direta ou indiretamente, a ingestão de grãos é algo que compõe a alimentação dos seres humanos, sendo que, em muitos casos, é a base da dieta de uma população. Contudo, ela será diferente em cada lugar do globo.
Primeiro, é importante esclarecer o que são os grãos, já que eles são uma parte dos cereais. O cereal é o fruto ou semente da família gramínea, podendo ser utilizado como alimento. As gramíneas, por sua vez, são plantas herbáceas, que apresentam flores muito pequenas e frutos secos, conhecidos como grãos.
Os principais cereais que compõem a alimentação humana são o trigo, o arroz, o milho, a aveia, o centeio, a cevada e o sorgo. Ainda existem as leguminosas, que têm como exemplos de grãos a soja, o feijão, o grão-de-bico e a ervilha. Os grãos são ricos em carboidratos, portanto, representam uma ótima fonte de energia para o metabolismo humano.
Brasil
Por aqui, o consumo de grãos é bem presente na alimentação básica do brasileiro. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-18 mostrou que os principais alimentos consumidos pela população brasileira, em uma média diária de gramas per capita, são o feijão e o arroz. Eles formam, tradicionalmente, a base da pirâmide nutricional do Brasil.
Porém, o país é conhecido pelo alto consumo de outro tipo de grão, apesar de ele ser ingerido de uma forma menos direta que o arroz e o feijão: o café. No consumo médio diário de gramas por dia, o café aparece à frente dos outros dois, ainda segundo a POF. Nesse mesmo período, o Brasil consumiu 21 milhões de sacas de grãos do café.
Estados Unidos
O norte-americano pode não consumir tanto café quanto o brasileiro, mas a apreciação por este grão também é significativa por lá. Os moradores do país consomem, em média, 4,2 kg per capita por ano desse tipo de grão — um pouco menos que os 5,8 kg per capita registrados por aqui.
De modo geral, o consumo de grãos também é menor, uma vez que a dieta deles é diferente. O almoço norte-americano é rápido, sendo comum que apenas um sanduíche seja consumido nesse período.
Assim, não é comum que o arroz e o feijão façam parte da dieta deles. Na janta, considerada a principal refeição do dia, quem tem lugar de destaque é a batata, seja frita ou em forma de purê. Outra fonte de energia que tem preferência sobre os grãos é a carne.
Itália
Se você pensa que, na Itália, a palavra de ordem é consumir massas, como macarrão e pizza, está enganado. Pelo contrário: a chamada “dieta do mediterrâneo”, adotada por muitos dos italianos, é um dos principais fatores que transformam o país em um dos mais saudáveis do planeta.
Entre os ingredientes da dieta, está a presença de cereais de diversos tipos, que não podem faltar na base alimentar deles. Eles são acompanhados por outros alimentos frescos e naturais, como frutas, azeite, legumes, queijos e peixes. A qualidade da alimentação é tamanha que ela foi considerada um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Japão
Outra dieta elogiada, sendo sinônimo de saúde, é a japonesa. Historicamente, o arroz faz parte da alimentação básica dos japoneses, uma vez que o país sempre produziu muito esse tipo de grão. Eles também consomem muitos produtos de soja, como tofu e molho shoyu, além de outros tipos de cereais.
A dieta é complementada com legumes, frutas, peixe cru e uma baixa ingestão de carne. O equilíbrio de sua composição é um dos fatores que justificam a longevidade dos japoneses, líderes no quesito: 84 anos.