Depois dos híbridos, dos híbridos plug-in e dos eléctricos alimentados por fuel cell a hidrogénio, como o Mirai, a Toyota apresentou finalmente o seu primeiro eléctrico a exclusivamente a bateria. Com uma denominação estranha (bZ4X), o novo modelo assume-se como um SUV da nova submarca criada pela marca nipônica para os seus eléctricos, a bZ, acrônimo de “beyond Zero”. O “4” é referente às dimensões do veículo, para o “X” referir a filosofia SUV.
O novo bZ4X tem um irmão gêmeo que vai ser comercializado com emblema Subaru, tendo sido desenvolvidos em conjunto. Concebido sobre a plataforma e-TNGA, o bZ exibe dimensões similares às do RAV4 e marca uma reviravolta na política da Toyota face aos elétricos a bateria, que agora vão finalmente começar a acelerar, depois de durante anos a Toyota ter acusado esta tecnologia de ser menos eficiente e mais poluente.
A Toyota não revelou pormenores sobre a capacidade da bateria, potência dos motores ou a autonomia, avançando apenas que a plataforma permite com a mesma facilidade conceber versões com apenas tração à frente, atrás ou com tração às quatro rodas. Apesar da informação divulgada ser feita referência à participação da Subaru na concepção e desenvolvimento do sistema AWD, a realidade é que este fabricante não é uma referência em veículos elétricos, em unidades de gestão de energia ou em transmissões que envolvam motores eléctricos.
Em relação ao habitáculo, o concept japonês apresenta um design mais alinhado pelo bom gosto japonês do que europeu, com um dos principais argumentos a estar relacionado com o sistema de direção by wire, o que significa que não há ligação mecânica entre o volante e as rodas. É esta opção tecnológica, rara entre modelos de grande produção, que permite que a Toyota ouse pensar em instalar um volante tipo manche de avião, similar ao que a Tesla introduziu com o restyling dos Model S e X. A baixa velocidade, ou seja durante as manobras de estacionamento ou inversões de marcha, a desmultiplicação da direcção passa a permitir dar apenas meia volta para cada lado, o que torna possível a utilização do estranho volante. E só com um volante onde falta a metade superior do aro é possível visualizar o painel de instrumentos na posição tão elevada onde se encontra, especialmente para indivíduos de determinadas estaturas ou com certas posturas ao volante.