No ano passado 129 animais silvestres foram resgatados pela PMA (Polícia Militar Ambiental), após serem vítimas de atropelamento nas rodovias e centros urbanos. Para reduzir estes acidentes, o programa “Estrada Viva” está adotando uma série de medidas preventivas no Estado.
Entre elas está o monitoramento das rodovias MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359, para identificar os principais pontos de passagem dos animais e assim propor medidas preventivas e de mitigação dos incidentes.
Outra ação foi a criação do Manual de Orientações Técnicas, que será utilizado na execução de novos projetos viários em Mato Grosso do Sul. As estradas e rodovias que serão pavimentadas no Estado terão que dispor em seus projetos executivos de ferramentas que permitam a redução de atropelamentos de animais.
“É um manual para orientar engenheiros e projetistas na hora da execução dos projetos das estradas. É um mapa que vai nortear todas as obras viárias que estamos fazendo. Essas obras terão que ter pontos identificados para evitar morte de animais e também de pessoas, evitando graves acidentes”, descreveu o governador Reinaldo Azambuja.
Acidentes
Dos 129 animais silvestres resgatados, vítimas de atropelamento, 79 foram em rodovias estaduais e federais e 54 no perímetro dos centros urbanos das cidades. A maioria dos animais foi encaminhado para o devido tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande.
O tenente-coronel da PMA, Ednílson Queiroz, destacou que o programa “Estrada Viva” e o novo manual elaborado pelo Governo do Estado, são medidas importantes para reduzir o número de acidentes envolvendo os animais silvestres nas estradas e rodovias do Estado.
“Vai ajudar bastante, principalmente em função da educação, informação, medidas de prevenção e sinalização adequada, nos principais pontos de passagens de animais. Tudo que puder contribuir para diminuir os acidentes é muito válido”.
Queiroz também citou que o condutor do veículo pode ajudar em caso de acidentes com animais. “A orientação é para o motorista parar em um local seguro e levar o animal ferido até o órgão público mais próximo. Se o animal estiver morto, ele deve retirá-lo da pista, para evitar novos acidentes com quem vai passar por este trecho”.
Para Lucas Cazati, veterinário responsável técnico do CRAS, este manual e as medidas de prevenção são importantes para reduzir estes acidentes. “Todo estudo que prevê ações na prática terá resultados positivos, para assim diminuir os atropelamentos de animais silvestres. Esta iniciativa é um bom começo para melhorar esta situação”.