Gengibre, gergelim, cogumelos, wasabi, algas, peixe… Já identificou de qual cardápio esses ingredientes fazem parte? São alimentos muito presentes na culinária japonesa, considerada uma das mais saudáveis que existem.
“A comida japonesa é muito legal, pois além de ela ter fontes de proteína, como os peixes e outros alimentos, ela é muito rica em soja, que também é uma fonte de proteína muito interessante, principalmente pra quem é vegetariano”, diz a nutricionista Fernanda Pignaton.
O gergelim, presente em vários pratos, ajuda na saúde do intestino, evitando a prisão de ventre, pois é rico em fibras. Além disso, tem ação benéfica para o controle do colesterol, contribuindo para o funcionamento do coração.
O wasabi ou pasta de raiz forte, por exemplo, é um tempero muito comum entre os orientais. Além de ser ardido, faz bem à saúde, pois ajuda na digestão, assim como o gengibre. Este, aliás, tem uma reconhecida ação desintoxicante.
“O gengibre e o wasabi estimulam a digestão, principalmente quando eles são consumidos com o peixe cru”, observa a nutricionista.
Segundo ela, os japoneses usam muito também chá branco e o chá vermelho, que são bebidas antioxidantes. “Elas são ricas em catequina, tem compostos fitoterápicos de planta, que auxiliam muito na eliminação de toxinas”.
Algas
As algas, que também compõem diversos pratos orientais, são muito nutritivas. “As algas elas são interessantes, pois elas são ricas em vitaminas e minerais e auxiliam a aceleração do metabolismo. E são baixíssimas em caloria”, cita Fernanda.
De uma forma geral, aponta ela, os peixes consumidos na culinária japonesa são ricos em ômega 3, que é uma substância protetora, um ácido graxo essencial que colabora para a saúde do coração, na prevenção de doenças como derrame, AVC e infarto. “Ele também previne o mal de Alzheimer e potencializa a memória, a concentração. É muito interessante para a alimentação”.
Shitake, Shimeji…
Os cogumelos contém muita proteína e fibras, ajudando na saciedade e, portanto, no emagrecimento. Pensou no shitake, shimeji e afins? Pode apostar neles, mas sem exagero: “Os cogumelos são uma ótima fonte de proteína. Mas se forem consumidos em excesso podem causar diarreia, por exemplo”, comenta Fernanda.
A nutricionista destaca que, como tudo na vida, a comida japonesa pode ter seu lado prejudicial. “Quando a gente também acrescenta elementos brasileiros à comida japonesa, como cream cheese ou algum tipo de fritura, a gente pode transformar uma comida que é saudável em algo não tão saudável”.
A nutricionista Bianca Cangini concorda. “É bom estar atento, por exemplo, aos rodízios, quando a gente costuma exagerar e comer mais do que a fome. E esses restaurantes também servem muitas combinações com frituras, que podem acabar fazendo mal”, afirma ela.
Se está de dieta, a comida japonesa pode ser uma cilada. O arroz, por exemplo, vai somar muitas calorias. “Tem muito carboidrato, por isso, é bom não exagerar”, diz Bianca.
Fernanda chama atenção para outro ponto: “Na comida japonesa, outro ingrediente muito comum é o molho shoyu, um tempero que tem muito sódio e é contra indicado para pessoas que têm pressão alta, problemas cardiovasculares e algum tipo de problema renal”.