Para quem é adepto da comida oriental, já deve ter visto ou experimentado o wasabi. Presente, principalmente, na culinária asiática, o wasabi é uma pasta verde com sabor apimentado e forte. No entanto, há quem aprecia o sabor e, também, há quem tem aversão.
Contudo, a iguaria conhecida por “wasabi japônica” tem origem no Japão, China, Nova Zelândia, Coreia e Taiwan. Especialistas avaliam que a planta é difícil de ser cultivada apesar de crescer à beira de rios.
Mas, mesmo assim, ela é facilmente encontrada em restaurantes temáticos e em lojas especializadas. Muitos apreciadores da especiaria a consomem com sushi, frutos do mar e demais itens da gastronomia japonesa.
Diante do tempo de consumo da raiz, pode-se dizer que o wasabi servidos nos pratos brasileiros não é exatamente o original. Basicamente, há uma mistura com pó de rábado, corante e mostarda que deixam o ingrediente mais barato. Contudo, alguns wasabis podem conter essência para que o gosto fique mais próximo do original.
Por ser de difícil cultivo, a especiaria pode levar até três anos para estar pronta para o consumo. No entanto, até no Japão há restaurantes que não servem o wasabi original. Por ser uma iguaria, seu custo também é mais elevado.
Por exemplo, em alguns pratos pode haver o acréscimo de US$5 para ser servido como acompanhamento. Ademais, estima-se que apenas de 5% da erva na culinária mundial seja a verdadeira. Em outros países, por exemplo, o quilo do wasabi pode custar até US$160.
Apesar de ser uma raiz, o wasabi é considerado um caule, mesmo que o cultivo seja embaixo d”água. Contudo, a especiaria pertence a família Brassicaceae, ou seja, a mesma do repolho, rabanete, brócolis e rúcula. Por ser uma raiz que perde o sabor rapidamente, é aconselhável ralar quando for consumir.
Até para ralar tem técnicas, ou seja, é preciso utilizar um ralador feito com pele de tubarão. Outra alternativa é usar o oroshi, que se assemelha a uma lixa fina.
Com origem no século 10 no Japão, a planta precisa de ambientes úmidos. Por isso, é mais fácil de ser encontrada em rios das montanhas japonesas.
A planta também não adepta aos raios solares diretos. Ademais, o ingrediente não consegue se adaptar a locais criados para seu cultivo, ou seja, necessita do habitat natural com caule submersos nos rios.
Mesmo assim, não são todos os locais no Japão que conseguem cultivar o wasabi. Isso, porque a iguaria necessita de água doce e temperatura entre 8ºC e 20ºC. Assim, a península de Izu, em Shizuoka, é um dos locais mais propícios para o cultivo.
Benefícios para a saúde
Antes de ser usado como ingrediente, o wasabi era medicamento para o estômago, devido à sua ação antibacteriana e anti-inflamatória. Acompanhando o peixe cru, o condimento tinha a função de evitar intoxicação ou até mesmo barrando doenças que poderiam ser transmitidas por carne crua.
Além disso, o condimento tinha a propriedade de repelente natural, retraindo insetos que pudessem estar nos alimentos. Assim, valores nutricionais foram identificados no ingrediente sendo capaz de aliviar alergias, problemas com inflamação, asma, doenças neurodegerativas e, sobretudo, de fortalecer o sistema imunológico.
O wasabi, basicamente, também costuma ser associado a melhorias na circulação, artrite, osteoporose, além também dos sistemas cardiovascular e respiratório.
Na culinária, aproveita-se praticamente todo o produto. As folhas e caules, por exemplo, podem ser consumidos refogados ou até em conservas.
Apesar do tradicional ser servido com sushi ou sashimi, a iguaria também acompanha o macarrão soba no Japão, ou simplesmente, washoku, que significa comida japonesa. Rico em potássio, cálcio, fósforo, proteínas e magnésio, é possível encontra o wasabi in natura ou em pó.