Sushi, hossomakis, uramakis, niguiri e por aí vai? Certamente, você já leu esses nomes no menu de um restaurante japonês. Algumas pessoas (especialmente aquelas que veneram esse tipo de gastronomia) sabem muito bem o que significa cada opção — e acertam em cheio na refeição. Outras, por outro lado, se atrapalham na hora de fazer o pedido ao atendente e acabam, por vezes, não se satisfazendo.
Apesar de a comida japonesa se diferenciar da alimentação brasileira tradicional, nos últimos anos a cozinha oriental vem se tornando cada vez mais popular no território tupiniquim. De acordo com pesquisa da Associação dos Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), em 2013 a capital paulista tinha 600 restaurantes japoneses, ante 500 churrascarias. Até 2017, o estado de São Paulo já contava com três mil restaurantes destinados a esse tipo de comida, e o faturamento com a culinária japonesa foi de R$ 19 bilhões. Diariamente, são feitos aproximadamente 400 mil sushis na cidade paulistana.
Em Brasília, a cena segue pelo mesmo caminho. Não é raro um novo empreendimento voltado a esse tipo de serviço abrir as portas na cidade. Sempre cheios, os restaurantes japoneses são uma das primeiras opções de quem preza por comida boa e ambientes agradáveis para um jantar de sexta-feira à noite, por exemplo.
Pensando nesse “boom” de casas abertas na capital e no gosto do brasiliense pela gastronomia oriental, a coluna Claudia Meireles quer te ajudar a decifrar os “enigmáticos” nomes que estampam os cardápios japoneses. Conversamos com Cristiano Komiya, nome à frente do conceituado New Koto, um dos mais disputados de Brasília, para coletar algumas dicas.
Segundo o chef, para quem não está acostumado com as especiarias japonesas, o recomendado é realizar pedidos simples de entrada, como a vieira, o guioza (recheio de carne moída e/ou de legumes dentro de um fino invólucro de massa, selado por meio da pressão em suas extremidades e cozido ou frito), ou um harumaki (rolinho primavera). Para Cristiano, essas opções se adaptam ao paladar do brasileiro.
Outro segredo compartilhado pelo especialista é apostar nos pratos quentes. “Aqui no New Koto, por exemplo, tem o Bentô, que vem com um pouco de cada coisa — tempura, peixe assado, arroz, entre outros — de forma equilibrada para quem está começando. Eles são fáceis de comer”, afirma.
Ainda de acordo com o chef, vale pedir peixes com sabores mais leves. A partir do momento que o paladar amadurece, a indicação é passar para pratos mais específicos, como ostras e ouriços do mar, para citar dois exemplos.
Questionado sobre como escolher o restaurante certo, Cristiano ensina que o primeiro passo é observar as coisas mais simples, como a qualidade do arroz e do gengibre do estabelecimento. “Devemos ver como é a postura da pessoa na hora de fazer o tratamento dos produtos [da comida]. Se o cheiro no restaurante for muito forte, já não é algo muito bom”, destaca.
O especialista argumenta a tese tendo como exemplo o Japão, país em que as boas casas de comida japonesa são administradas por uma pessoa que cuida de todo o processo, do início do preparo ao resultado final. “Se delegar muito as funções, a pessoa acaba não acompanhando. Por isso a maioria das casas boas não são muito grandes, para manter a qualidade e o controle”, frisa.
Agora que você pegou as dicas de Cristiano Komiya, confira, a seguir, as denominações de sushis para não errar na hora de se alimentar:
Hossomaki
Futomaki
Sashimi
Uramakis
No uramaki, o arroz cobre a folha de nori (um tipo de alga), de forma invertida. Compõem a receita fatias de peixes e/ou outros elementos.
Ura significa “fora”. Sendo assim, há todo um cuidado com a aparência do preparo. Geralmente, a refeição engloba gergelim, ingrediente que possui dupla função: embelezar o prato e também conceder um gosto diferenciado.
Niguiri
O niguiri é uma excelente opção para quem está experimentando comida japonesa pela primeira vez. Ele nada mais é que uma porção pequena de arroz com pedaços de peixes e outros frutos do mar por cima.
Essa cobertura pode ser com salmão, camarão, atum, polvo e até lula. A escolha fica por conta do cliente, que pode iniciar com ingredientes mais usuais e, gradativamente, ter contato com elementos mais exóticos.
Temaki
O temaki é outro queridinho dos brasileiros e uma ótima proposta para agradar diferentes paladares. Ele é um cone de algas com várias possibilidades de recheio: arroz, peixe cru, legumes e até frutos do mar. Ainda, é possível acrescentar salsinha, cream cheese e muitos outros complementos para dar um sabor diferenciado ao prato.
Hot roll
Baterá (ou Oshizushi)
Não tão conhecida, essa opção é prensada em formato retangular por meio do oshibako, um molde de madeira. O baterá de salmão, por exemplo, leva o bolinho de arroz coberto por uma fatia de salmão com cream cheese e cebolinha em cima.