Como Imperatriz Masako do Japão se tornou a “princesa triste” e mudou sucessão ao trono

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Como Imperatriz Masako do Japão se tornou a “princesa triste” e mudou sucessão ao trono

Uma mulher comum se apaixona e é pedida em casamento pelo imperador de uma nação: a história digna de um conto de fadas, para Masako, imperatriz japonesa, se tornou um pesadelo marcado por tristeza e sofrimento.

A história da “princesa triste” do Japão

Ocupar o mais alto posto da realeza não poupou Masako de problemas. Desde que conheceu Naruhito, atual imperador do Japão, em 1986, ela sabia que seu relacionamento amoroso seria diferente. Afinal, seu companheiro era nada menos que o primeiro na linha de sucessão da Coroa.

Talvez justamente por insegurança em assumir tal papel, Masako tenha demorado tanto para aceitar o pedido de casamento. Naruhito insistiu por 6 anos até que ela, finalmente, dissesse o tão esperado “sim”. Ela teve que abrir mão de sua carreira diplomática para fazer parte da dinastia.

Na época do pedido de casamento, o então príncipe do Japão deu uma bela declaração à Masako: “você pode ter medos e preocupações sobre entrar para a família real, mas irei te proteger pela minha vida inteira”.

ISSEI KATO/POOL/GETTY IMAGES

Os dois se casaram em 1993, mas o sonho real de Masako logo se transformaria em um pesadelo. Com dificuldades em engravidar, a jovem sofreu muito com a pressão para gerar um herdeiro até que o casal, por fim, optou pela fertilização in vitro.

A decisão foi malvista pela opinião pública do país, mas, em 2002, o casal recebeu a notícia que tanto esperava: a princesa estava grávida. O ultrassom revelou que uma menina estava a caminho e, novamente, Masako seria julgada. Isso porque, no Japão, um filho homem é a certeza de perpetuação da linhagem.

Mesmo feliz com a chegada da filha, ela se sentia frustrada por não corresponder às expectativas e caiu em uma depressão. Anos depois, ela recebeu o diagnóstico de síndrome do pânico. Na época, o marido culpou a Agência Imperial pelo estado da esposa, o que surpreendeu a todos.

Foram 16 anos de reclusão, com raras aparições públicas da “princesa triste”, apelido dado à Masako por causa de sua condição. Diferentemente de outras culturas reais, no Japão, apenas os homens podem ascender ao cargo máximo do império. As mulheres só conquistam o título por meio do casamento.

Em 2019, com a renúncia do Imperador Akihito, Naruhito assumiu o posto. Aos 55 anos, Masako se tornou então a Imperatriz do Japão, mesmo não conseguindo dar ao marido o tão sonhado herdeiro.

O sucessor do título, portanto, agora passa ser Fumihito, o irmão de Naruhito. O segundo na linha de sucessão é o sobrinho do atual imperador: o príncipe Hisahito, de apenas 13 anos. Depois dele, não há mais ninguém na família para ocupar o posto.

O império japonês, portanto, estaria ameaçado se as regras permanecerem sem alterações. Por conta da situação, os japoneses começaram a considerar reformar as leis para, enfim, permitir que uma mulher possa conduzir o país.

Será que em breve o Japão terá uma Imperatriz por direito?

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